Essas fotos da 8ª Bienal do Mercosul são resultado de um exercício prático do curso de “Ensaio Fotográfico” que estou fazendo na escola de fotografia Projeto Contato. O prof. Flavio Dutra nos desafiou a fotografar em filme e utilizando um tripé, essas eram as regras. O tripé se revelou um verdadeiro trambolho quando eu desejava fazer fotos rápidas, também na parte de carregar para lá e para cá, montar e desmontar… Em contrapartida me possibilitou fazer as fotos que mais gostei, com longa exposição, o que seria impossível fazer sem um apoio firme. Ele também chamou bastante atenção das pessoas, que vinham perguntar o que eu estava fazendo e sugerir lugares para eu tirar fotos, coisa que não acontece muito quando estou só com a câmera na mão. Na verdade para mim esse exercício foi mais sobre o tripé – que não estou acostumada a utilizar – do que sobre as fotos em filme ou a Bienal.
Para fazer fotos dessa maneira é necessário desacelerar, pensar, enquadrar, fotometrar, tudo muito bem feito. Exige muito mais atenção e trabalho cerebral que fotografar com uma câmera digital. É interessante levar um tempo a mais pensando na fotografia, no resultado final, fugir das manias e facilidades do digital. E o belo pôr-do-sol desse dia completou a lógica da proposta, fazendo um convite para parar e observar.